A transição para a cloud já era uma realidade, a pandemia apenas veio reforçar essa tendência. É inegável que o confinamento e o trabalho remoto impulsionaram uma mudança muito significativa na forma de comunicar, i.e. o “calling” – chamadas de voz por telefone – deu lugar às ferramentas de colaboração que, neste cenário, ganharam uma relevância enorme nas nossas comunicações diárias.
Estamos a atravessar grandes mudanças no mundo laboral e nos últimos meses assistimos a mudanças drásticas nas comunicações e o modo como interagimos com colegas, equipa, amigos e familiares mudou.
À semelhança do que aconteceu com a transição dos desktops para os laptops, os telefones físicos (on-premises) mantiveram-se nos escritórios, mas ao mesmo tempo deu-se uma maior utilização de ferramentas de colaboração e do uso de telemóveis. As conversações por chat também aumentaram exponencialmente, mostrando ser um método de comunicação eficaz que, inclusive, permite o registo para futuras consultas, à semelhança do e-mail.
Estas mudanças de paradigma de comunicação, das comunicações espontâneas às programadas ou agendadas, da interação presencial à utilização do vídeo com complemento da voz, tudo isto pode levar-nos a pensar que o “calling” já não faz parte do nosso quotidiano, mas não é verdade, apesar de, em algumas situações, terem sido relegadas para segundo plano.
As tradicionais chamadas de voz continuam a ser necessárias e úteis. Em contexto laboral, as comunicações são maioritariamente feitas com sistemas de videoconferência e plataformas de colaboração (ex.: Webex, Microsoft Teams e Zoom). No meio familiar e mais próximo, estas plataformas são também utilizadas, mas apps como o WhatsApp ou o Telegram são frequentemente o meio preferencial. Quando é necessário comunicar com outras entidades, o meio tipicamente eleito continua a ser a chamada de voz. Ainda continuamos a fazer chamadas enquanto caminhamos ou estamos no carro; em caso de urgências ou emergências, o recurso à chamada de voz é o primeiro impulso; quando já se trocaram e-mails e mensagens sem entendimento de uma das partes, a chamada de voz acaba por surgir de forma a esclarecer o assunto rapidamente.
O conceito de mobilidade e “work from anywhere” há muito que está presente através dos nossos telefones. Isto é Calling!
Resumindo, assistimos ao recurso a diferentes meios/plataformas consoante o contexto de que estamos a falar, mas o Calling não morreu e está bem vivo e presente nas nossas vidas. Sem dúvida que o futuro do trabalho será diferente, remoto e híbrido, mas as chamadas de voz manter-se-ão juntamente com as plataformas de colaboração ou sistemas físicos de videoconferências.
por Carlos Lima
Consulting Services Solutions Architect – Collaboration & Customer Experience